quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Renascimento e Conceitos

No início desse projeto, eu era um homem diferente. Quer dizer, não sei sequer se posso chamar aquilo de homem, pois aquele que fraqueja não o é. O nome do projeto deixa bem claro o objetivo de introspecção afim de me redescobrir e me tornar uma pessoa melhor.
Poucos meses depois do início, resolvi retomar nas mãos aquilo que eu era, e reformar aos poucos quem eu gostaria de ser.
Hoje, eu vos digo: estou mais perto do meu objetivo. Estou perdido ainda em alguns aspectos, mas serei persistente e corajoso, serei um homem.
Concluo que esse mundo não é para fracos, e sinceramente, tenho gana de brigar. Eu quero bater pela vida, quero dar porrada, e aguentar porrada o máximo que puder. Se trata de querer mudar, pois ninguém nasce aos moldes desejados.
A política, a arte e a paixão, tudo isso se aprende, mas a Vontade nasce com você, basta saber evoca-la.
Sou eu, sendo observado pelos deuses, sou eu me tornando o que gostaria de ser, sou eu abdicando do que me fazia mal.
Agora eu pergunto a você, quando você bebe, bebe por prazer e felicidade ou por vontade de fugir? Quando fuma, fuma por prazer e felicidade, ou por impulso?
Quando age, age por que quer ou por que não lhe resta o que fazer?
Se você não controla a si mesmo, e não faz da vontade uma verdade, esse mundo não é pra você.
Eu sou Milton, e estou aqui pra fazer o que deve ser feito, errando e aprendendo, sorrindo perante a justiça. E você? Quem quer ser?
Eu ainda não terminei, você já pode começar. Aja segundo seus princípios, na verdade, tenha princípios, e não os traia.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Rittornello Et Solitude

Hoje eu voltei pra algumas lembranças que deveriam permanecer no passado.
É coisa boba, mas é coisa minha, entende?
Eu decidi voltar aos estudos mesmo baqueado, mas tudo veio a tona.
3 episódios de uma história repetida com personagens diferentes. Rejeição. Imaturidade talvez, e humanidade demais (é o que me envenena).
Procurei com os olhos numa lista de nomes, quem poderia me ouvir. E bom, não tinha ninguém. Estava sozinho mais uma vez. Minha partitura voltou ao início de tudo que há em mim: solidão.
Agora estou aqui, me perguntando se pra alguém isso tudo importa. Eu devia largar toda essa merda, mas algo humano me cochicha: "Não por isso".
Porém o resto grita, e sem parar. É difícil resistir, apesar dos objetivos serem muito bem traçados e parecerem uma vida perfeita. Eu queria poder vomitar. Sinceramente, me questiono se o que vivo, é por mim. Talvez viva por que ache que alguém vá sofrer muito. Enfim, é bom fingir que estou contando pra alguém. Isso basta pra tirar o "cheiro de morte" dos meus pulmões.
Me desculpe.
É que a solidão...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Vai Ficar Tudo Bem

O fato é que depressão é um sentimento presente em todos os seres. Os fatores,os diagnósticos médicos ou não,  pouco importa. O que sinto é que os arredores tem se tornado mais parecidos com o que talvez eu tenha dentro de mim. A realidade talvez tenha sido deturpada pelo meu fúnebre modo de ver tudo. A incapacidade de conviver ou viver tem sido frequência, e talvez tenha sido egoísmo todas as vezes que eu coloquei meu modo de sentir a frente de tudo, e julguei o que era alheio, e me recusei a empurrar aqueles que no buraco estavam comigo. A estes últimos, não lhes peço perdão pois tive a prova de que minha tentativa era utopia, e que eu só conseguiria arrasta-los para baixo. A auto destruição não me satisfaz, se essa é a pergunta que tem feito. Para findar a peça me falta coragem (ainda bem, diria um irmão).
Toda essa "realidade" é tão inerte sob minhas lentes, e por mais que eu tente limpa-la, e tente disfarçar essa visão turva, mais ela embola meu ser, mais ela enforca a mim.
Essa visão, que pode parecer tão imatura, na verdade provém de uma impressão de conhecer e temer/odiar esse manto.
Me cabe prosseguir até padecer.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Obrigado

Eu me senti sozinho de novo.
Eu me senti totalmente abandonado, e ainda assim, me davam a impressão de estar sempre muito bem amparado.
Seus alicerces são fracos, você é fraco e sempre será. Sua ascensão é solitária (a minha também), e não adianta, "amigo", serás rei sozinho.
E gostaria de agradecer por quem me deixou, pois não lhe retornará sequer pão.
Reveja o que lhe envolve, e espere menos disto, ou acabará na mesma via, sádica e incansavelmente sozinha. Eu antes me perguntava se era capaz de retribuir o que me era dado. Hoje vejo que talvez nunca tenham me dado nada.
No entanto, resumo todo esse nojo á,
"Obrigado."

sábado, 24 de maio de 2014

Como você se sente?


-Ei, garoto. Como você se sente.
-Eu não sei, senhor. Quer dizer, deveria me perguntar primeiro como eu vivo.
-Pois bem, como vive?
-Não sei. Quer dizer, eu existo. Isso é uma verdade irrefutável. Mas eu também gostaria de saber.
-Garoto, você pretende continuar vivo?
-Não, senhor. Eu também me pergunto porque durei tanto. Mas finalmente parece que essa pressão irá me desfacelar.
-Está desistindo?
-Talvez. Eu não tenho coragem suficiente pra acabar com isso por mim mesmo.
-O que tanto lhe assusta?
-Estar "vivo". Eu realmente me pergunto o porque de não ter ninguém ou motivo que me faça continuar.
-Está assim por alguém?
-Estou assim por mim, senhor. Estou assim por ter medo. Estou assim por temer falhar. Estou assim pois acho que devia acabar agora.
-Choras?
-Como um imbecil.
-E pelo que?
-Por mim. Sempre será por mim. Sempre é uma forma destrutiva de narcisismo.
-Garoto, você tem alguém.
-Meus amigos, senhor. Eu também os amo.
-E ainda pretende desistir.
-Sim. Minhas falhas serão sempre minhas e de nada adiantará joga-las neles. Ainda que queiram ser meu apoio.
-Garoto, qual seu desejo?
-Que o senhor fosse real...
Que eu não estivesse sozinho.
Que eu tivesse com quem chorar agora senão comigo mesmo e peças da minha mente. Eu deveria estar dopado. Tudo seria mais fácil de aguentar.
Eu só queria que o senhor fosse real.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

20 Minutos Dedicados Aos Meus

Vinte minutos da minha sexta eu gastei ao som do DSBM, pensando, observando pessoas. É quase engraçado o jeito que elas agem.
Eles riem em grupo, eles odeiam em grupo. E eu estava completamente invisivel para eles, então eu senti a tristeza desta tortura, eu me lembrei que eu sou insignificante, que eu apenas posso sentir medo ou solidão perto deles, por que eles sequer me conhecem. Mas tudo bem, eu realmente não quero que eles me conheçam ou sintam minha falta.
Eu tenho aqueles que me amam, eu tenho aqueles que querem estar por perto, mas eu não sei se eu sou capaz de ama-los de volta.
Eu não consigo passar sequer um ano longe da "quase loucura", mas talvez seja como meu fim deva ser.
Neste momento, eu não desejo necessariamente a morte, o que não significa que eu irei evita-la. Eu sei que este é um mundo para pessoas fortes, e eu estou tentando ser uma.
Eu apenas posso dizer obrigado para os que me amam, me desculpem se eu fui incapaz de ama-los de volta, mas eu verdadeiramente espero que vocês se tornem mais felizes que eu. Eu espero que todos vocês encontrem o amor, e não olhem para o mundo como eu olho. Respeitem a natureza, tudo está aqui a nosso favor. Continuem gostando das pessoas, por que vocês, vocês são especiais, não se tornem humanos como eu me tornei, não permaneçam humanos como eu.

sábado, 15 de março de 2014

A Importância do Silêncio


A arte de não falar. Por que calar-se?
Quando se fala, duas coisas acontecem. Você deixa de ser somente seu, o ser é compartilhado. E também se torna dependente de quem te ouve.
É impossível dizer que nós podemos viver sem outras pessoas, porém quanto mais superficial for tal relação, menos destruição trará para si. O silêncio é a arte dos sábios, que muitas vezes preferem ouvir lixos pessoais de terceiros que expor o seu próprio lixo ao vizinho. Os outros não devem ser seu apoio sentimental, muito menos você deve ser apoio de alguém. Seja responsável por si e tudo estará bem, não somos seres que precisam estar completamente inseridos numa sociedade pra sobreviver. Lide com seus próprios problemas e o universo sentirá um inútil a menos dentro dele.
Entender o próprio eu é um estado de dualidade: paixão e misantropia. Porém só entende seus problemas que entende a si, e tem dimensão de seu impacto nesta terra.